Por Lara Castagnolli
Meu nome é Lara Castagnolli, tenho 19 anos e sou estudante de engenharia florestal. Por incrível que pareça, faço um curso de exatas misturado com biológicas e, no meio disso tudo, tenho um fascínio absurdo pelas matérias humanas. A música, para mim, sempre foi algo muito presente. Meus pais, apesar de não serem músicos, me criaram rodeada de muito som, com influências dos anos 60 à 80, com infinitas variedades de gêneros e artistas. Dessa forma, graças a eles, cresci e aprendi a apreciar essa arte tão maravilhosa. Em palco, minha primeira apresentação foi em um sarau da escola com treze anos, no qual interpretei uma canção de Maysa Matarazzo, uma cantora maravilhosa que fez sucesso nos anos 60. A partir daí não parei mais. Fiz aulas de violão e conheci pessoas incríveis e talentosíssimas que me inspiraram e me ajudaram a crescer.
Minha bisavó é minha maior influência na família: criou sozinha os três filhos dando aulas de piano em casa. Eu sempre uso seu exemplo e digo, com toda convicção, que a música, e todas as demais artes, são capazes de salvar pessoas, tanto no sentido literal, ao ter uma fonte de renda, como no sentido mais profundo, em relação à saúde mental. As artes, por si só, são formas pelas quais as pessoas podem abstrair da realidade tão caótica em que vivemos e ingressar em um universo paralelo que as tornam livres para serem o que quiserem e interpretarem tudo da forma que acharem mais adequado.
Meu gosto musical é bem variado, mas me sinto especialmente atraída por músicas que transmitem mensagens boas, especialmente aquelas que dizem querer bem alguém, ou que expressem sentimentos e emoções, estas me tocam o coração. A música sempre foi, para mim, uma das mais inteligentes ferramentas de socialização. É uma delícia quando, durante um encontro entre amigos, alguém “saca” um violão do bolso e começa a tocá-lo e, como se instintivo, todos começam a cantar e batucar até onde a criatividade permitir.
Durante a quarentena tenho praticado bastante violão e ando escutando muitas músicas como trilhas sonoras durante meus afazeres. Meu projeto musical atualmente é solo: eu, meu violão, meu quarto e meu irmão e como plateia. Tem sido produtivo para meu crescimento pessoal e para minha saúde mental. Tenho escrito algumas canções também, mas sinto que ainda não é hora de ingressar no mundo autoral, sou bem tímida quando se trata de externalização de sentimentos rsrs.
Quando fazia apresentações em bares e restaurantes, tentava transmitir ao público o mesmo sentimento que tinha ao ouvir pela primeira vez a música que estava interpretando. Canções de personagens que marcaram épocas, geralmente, carregam muito sentimento e poesia, e meu objetivo era justamente fazer com que isso fosse passado para frente. Acredito que, um dia, a música seja valorizada como um dia foi. Na época em que colocar um vinil na vitrola era um ritual diário, e sua prática era muito mais do que simplesmente “escutar”, mas “apreciar” a música em todos os sentidos e detalhes. Por esse motivo, muitas das canções da época do vinil ainda são conhecidas e continuam fazendo sucesso, afinal, são patrimônios culturais que foram extremamente valorizadas pelas antigas gerações. Apesar disso, a produção musical não teve fim, mas sim, uma acentuada mudança. Isso porque a sociedade muda e as músicas, assim como organismos vivos, evoluem e se modificam. Nada é pior ou melhor, cada um seguiu uma “linha de evolução”, sendo todas as vertentes importantes e necessárias para comporem o universo musical que hoje conhecemos.
Gostaria de agradecer de coração ao Renan por me proporcionar esta oportunidade maravilhosa! Muito carinho por você e por toda a equipe (apesar de não conhecê-los rsrs)! ♥
Parabéns gostei muito da sua musica autoral! você tem grande chance de ser uma boa cantora, sua voz é linda parabéns!
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