Tricoteen – Quem está por trás do que você veste

Por Bárbara Mandarano

Dando sequência a série que conta um pouco da historia das nossas colaboradoras e colaboradores, aqueles que estão por trás das câmeras na cadeia produtiva da moda, hoje vamos falar da profissional mais conhecida e essencial da área de moda: a costureira.
O vídeo de hoje é dedicado a Rosangela da Silva Santos, mais conhecida como Rosa, 46 anos, costureira overloquista há quase três anos na Tricoteen.

Rosangela da Silva Santos, 46
Costureira

Confira tudo sobre a história de Rosa na Tricoteen, no vídeo abaixo:

A Moda Como Ferramenta Política

Por Bárbara Mandarano

Atualmente a moda vem desenvolvendo relações com questões políticas e sociais, refletindo, repensando as estruturas da sua indústria, levantando bandeiras e representando lutas das minorias e grupos políticos.

Ainda assim a moda tem um histórico tumultuado, com envolvimentos em escândalos no que diz respeito a exploração de trabalho, questões ambientais, invisibilidade e exclusão de grupos sociais, o que coloca toda sua politização em questionamento. Mas como tudo tem dois lados, vamos reforçar aqui o que temos de positivo e usar essa ferramenta tão grandiosa de comunicação pra trazer o dialogo que a moda pode nos proporcionar com as micro políticas.

É essencial fazer micro políticas na moda, começando pela cadeia de produção através da transformação nas suas relações trabalhistas e a exploração de recursos naturais, por exemplo, isso já é um primeiro e grande passo.

Não colaborar com marcas que financiem o trabalho escravo e sim que valorizem o trabalhador que esta por trás da produção daquelas roupas, sempre procurar se informar de onde estão comprando suas peças. A micro política esta no simples fato de produzir sua própria roupa, participar de trocas, feiras, brechós e acima de tudo promover sempre o dialogo.

A moda é uma ferramenta de comunicação e além disso movimenta grande parte do mercado financeiro do nosso país e do mundo. Como não inclui- lá como objeto político institucional? São os pequenos diálogos que vão trazer as grandes mudanças que a moda precisa e afastar este estereótipo raso e rodeado por futilidades que a permeiam.

A Moda Sustentável é para os Privilegiados, uma reflexão:

Por Caíque Jota

Eu sempre defendi a Moda Sustentável acreditando ser extremamente possível para qualquer um consumir isso na moda nacional. Acreditava que essa forma de produção seria o foco de um futuro próximo. Culpem a minha ingenuidade, porque foi ela que fez com que eu não enxergasse diversos aspectos que tornavam a Moda Sustentável inviável para uma quantidade absurda da população brasileira.

Vamos começar do começo. Moda Sustentável, por definição, é uma vertente de fabricação de roupas que visa não causar impactos ao meio ambiente ou minimizar esse impactos. Geralmente a fabricação de peças em uma marca de moda sustentável utiliza materiais que são menos agressivos ao mundo, como o algodão (orgânico ou não). Além, claro, se produzirem de uma forma ética, valorizando seus colaboradores e também seus fornecedores de matéria prima. Tudo isso é o que torna uma fabricação mais sustentável.

            Beleza, mas aonde está o problema? A problemática disso tudo está justamente na forma de fabricação. O custo de fabricação de uma peça sustentável no Brasil é alto. O diferencial de uma marca Fast Fashion e de uma Slow Fashion que atende os quesitos sustentáveis está justamente ai, na precificação. Por exemplo:

Essa blusa de uma marca de Fast Fashion, feita de 100% Poliéster, que é um material bastante utilizado em fast fashion devido a sua durabilidade e um dos mais prejudiciais ao meio ambiente, pois é feito através do petróleo, é vendido por R$39,00 e pode atingir o preço de R$19,00 em uma liquidação. Esse preço baixo, geralmente, se da devido a produção em massa.

Já essa regata branca, produzida por uma marca de Slow fashion, composta por 98% de algodão e 2% de elastano, é vendida por R$149,90. De acordo com a Politica de Preço Aberto da marca, esse preço final é formado da seguinte forma. R$67,05 corresponde ao custo de produção (matéria prima, funcionários,infraestrutura, R$37,47 é para a administração da marca, R$22,48 para comunicação de marketing e R$22,48 de lucro/reinvestimento.

Toda essa forma de produção ética e consciente faz com que o produto se torne caro aos olhos de grande parte da população brasileira, que acaba optando por uma moda menos cara. Infelizmente não há muito o que fazer no momento referente a isso, uma vez que o ciclo inteiro de produção de matéria-prima para as peças ainda não é saudável, acredito até que tecidos sustentáveis são intencionalmente menos acessíveis para que as fabricantes de roupas optem pelos tecidos menos sustentáveis e fortaleçam industrias como a petrolífera, por exemplo, talvez seja uma teoria da conspiração, mas isso é assunto para uma outra matéria. No começo do texto eu cito que o consumo sustentável é inviável para muita gente, mas por que?

            Nós vivemos em um país onde 6,7% da população vive em extrema pobreza, tendo que sobreviver com cerca de R$178,00 por mês (Dados do IBGE pré pandemia do Covid-19). Algumas pesquisas apontam que possivelmente a pandemia vai elevar esse percentual para 7%. Sim, isso é um cenário extremo do pais, mas trazendo argumento para uma realidade mais próxima de quem está lendo esse texto, digamos que um jovem classe média está no seu segundo ano de faculdade, ele faz estagio e ganha um auxilio de R$1.250,00. Metade desse valor vai para a mensalidade da faculdade, porque infelizmente ele não conseguiu ingressar em uma universidade publica e também não possui condições de pagar um valor alto na faculdade, depois ele ajuda um pouco com as despesas de casa e resta R$200,00 para ele viver sua vida. Você acredita que comprar uma regata de uma marca sustentável por R$150,00 vai ser sua prioridade?

Consumir de forma que prioriza o meio ambiente é uma atitude privilegiada. Ainda a grande maioria da população brasileira não tem o consumo sustentável como prioridade, porque simplesmente não podem.

            “Ah Caique, mas e o consumo sustentável através de brechós?”

            Eu acreditei também, por um bom tempo, de que brechós eram acessíveis para todos, porque sempre tive fácil acesso a vários e também sempre tive um corpo padrão. Se eu queria encontrar uma calça, eu tinha varias opções, por exemplo.

Ai vi que existem varias outras camadas de privilégios no consumo em brechós. Em conversa com alguns amigos, vi que isso não é uma realidade de todos. Muitas pessoas não tem brechós disponíveis sempre, porque não moram perto de um e não conseguem se locomover até um local que tenha, seja por dinheiro ou tempo.

Algumas, quando tem acesso aos brechós, não encontram peças que servem nos seus corpos. Pessoas com um corpo gordo provavelmente encontrarão dificuldades em encontrar peças em grande parte dos brechós que frequento, então embora seja uma excelente opção para um consumo sustentável, também não é uma realidade para todos.

Meu discurso de que precisamos encontrar uma jeito de consumir de uma forma mais saudável continua, mas precisamos ter consciência de que cada um precisa adaptar pra sua realidade e não podemos, de forma alguma, criticar alguma atitude sem nos colocarmos no lugar do outro, está tudo bem termos prioridades diferentes. O futuro próximo que eu acreditava estar chegando para a moda sustentável, talvez não seja tão próximo assim, mas as ideias estão sujeitas a mudanças e se houver alguma, eu volto aqui para compartilhar com vocês.

            Se você busca um consumo mais consciente adaptado a sua realidade, na Matéria O Real Propósito do Consumo Consciente que escrevi aqui para a Galpão Mag eu conto um pouco sobre como inserir esse hábito.

Até a próxima,

Caíque.

O que continuaremos vendo no street style de Primavera Verão

Por Caíque Jota

Já tivemos que dar tchau para o Inverno (na base do chute né, porque do nada começou a fazer 40 graus)e entramos na Primavera. No Mundo da Moda a troca de estação significa uma Troca de Guarda-roupa, mas calma, não é no sentido literal! Você não vai jogar todas suas roupas fora, fica tranquilo. Devido a fatores como a temperatura, é necessário que haja algumas mudanças e que você se adeque ao momento do ano e por isso essa “troca de guarda-roupa” se faz, de algum modo, necessária e com essa necessidade vem um estudo de tendências do mercado.

Refletindo o cenário mundial atual (pandemia), a indústria da moda precisou se adequar ao momento e as tendências que tinham sido projetadas anteriormente acabaram se alterando um pouco. Agora essa nova Estação busca entregar algo a nova realidade, então veremos muitas peças que transmitem simplicidade, conforto e versatilidade.

Diferente da estação passada, que tínhamos cores e materiais mais pesadas, nessa as cores vão se abrir. De acordo com a WGSW, que realiza estudos de tendências, a Primavera/Verão 2020/21 será pautada em varias cores, entre elas o Amarelo Manteiga, o Sorvete de Manga, Azul Atlântico, Azeite e Flor de Orquídea.

Tendo essas cores como base, a indústria aposta em diversas tendências de roupas, algumas já estão presentes na vida dos fashionistas e virão apenas com pequenas alterações, outras serão novidades.

Roupas Utilitárias e Loungewear

Lembra que disse sobre a adaptação a nova realidade mundial? Então, tendo isso em vista, veremos muitas peças que serão ideais para trabalhar de casa visando conforto, mas também possibilitem você sair se for necessário.

Alfaiataria e Wall Street Style

O básico chique reinará nessa temporada. Veremos muitas peças em alfaiataria, teremos ainda as peças com pegada vitoriana, babados e afins e também o Wall Street Style retornará. Para quem não sabe, o Wall Street Style foi uma forte tendência dos anos 80 e visava o empoderamento feminino, tendo peças como o blazer mais estruturado, com a  cintura marcada e ombreiras.

Tie-dye

Pois é, o tie dye vai continuar ai por mais uma temporada, mas com desenhos e estampas fugindo daquele estilo tradicional, trazendo uma inovação para as peças.

Listras e Xadrez

Assim como o Tie-dye, as listras e o xadrez estão ainda presentes, mas com uma pegada diferente, presente em conjuntos, vestidos e com padronagens inovadores.

Tecidos de Fibras Naturais

Em temporadas mais quentes é normal que a valorização por tecidos naturais aumente, porque quando o tecido é feito com fibras naturais, ele proporciona um frescor maior, então veremos muitas peças em linho, seda e algodão.

Estampas Tropicais e Animal Print

Não existe Primavera/Verão no Brasil sem estampas tropicais, né? Já é uma lei natural do mundo fashion a galera usar varias estampas nessa temporada e em 2020 não poderia ser diferente. Além das estampas tropicais, também veremos bastante animal print e a minha sugestão é que você saia do tradicional oncinha e se jogue em estampas de girafa ou zebra pra se destacar.

Por hoje é isso, espero que tenham curtido e se você já estiver afim de se entregar a alguma tendência, deixe no comentário quais ☺

#LookALook – Personagens De Euphoria Para Se Inspirar

Por Thiago Medrado

Ainda muito viciado em Euphoria, sim! Trouxe dessa vez looks dos personagens – Ganhadores do Emmy – para nos inspirar. Entendendo um pouco do estilo em um top 5 e como segui-lo, espero que saiam daqui inspirados.

5. Nate Jacobs (Jacob Elordi)

O estilo do Nate é uma das caracterizações do Jacob e equipe de figurino para imprimir uma personalidade ao personagem. As peças tem a medida certa entre o descolado e o casual, o esportivo e o diário. O personagem utiliza de peças que são características para criar essa visão “filhinho de papai”.

4. Kat Hernandez (Barbie Ferreira)

A morena que carrega sangue brasileiro (vindo de sua mãe) não nos decepciona no estilo – Estamos em boas mãos – Barbie junto com sua equipe imprimiram bem a imagem de mulher forte e que sabe seu lugar na personagem, sempre bem vestida, com peças ousadas e até bem “punks” Kat deixa qualquer um com inveja do seu guarda roupa.

3. Maddy Perez (Alexa Demie)

Icônica e memorável. Alexa deu um novo sentindo as comuns líderes de torcida das séries americanas. Conjuntos, cropped, sais (muitas mini sais) e vestidos que deixariam a Cher (Patricinhas de Beverly Hills) em crise.

2. Jules Vaughn (Hunter Schafer)

Está talvez seja a maior ícone fashion da série. Assim como quem a interpreta – A MODELO HUNTER SCHAFER – Jules transborda sua autenticidade para suas roupas. Vestidos e algumas peças que parecem tiradas de um anime (Como a mesma já foi chamada de Sailor Moon em um dos Episódios de Euphoria). Ela faz de suas roupas um movimento de auto aceitação, assim como sua intérprete a personagem pensa em se envolver com moda.

1. Rue (Zendaya)

E em primeiro lugar os looks da nossa Emmy Winner que são as peças chaves para Zendaya sair de looks um tanto brilhantes de uma estrela Disney (No Ritmo) e enfrentar problemas mais adultos. Rue usa peças super despojadas e confortáveis e deixa claro que que bem estar pode sim está atrelado a estilo.

Tricoteen – Quem está por trás do que você veste

Por Bárbara Mandarano

Continuando a série que conta um pouco das historias daqueles que estão por trás das câmeras na produção das nossas roupas, damos sequência e este trabalho tão especial. E hoje o palco é pra nossa veterana Ana Claudia mais conhecida como Cacau, que já segue há oito anos fazendo parte da nossa equipe.

Ana Claudia, 30
Gerente de Produção e Modelista

Confira tudo sobre a história de Kakau na Tricoteen, no vídeo abaixo:

A Moda Através das Décadas

Por Caíque Jota

Se há algo em que todos concordamos no mundo da moda, é que a moda sempre se recicla, quer queiramos ou não. Ao longo de 100 anos, a moda mudou dramaticamente, mas também manteve as tendências do passado muito vivas.

Começando com as tendências de 1950 e mais tarde revivendo em um estilo mais moderno no final dos anos 2000, a moda está em uma onda interminável de mudanças e renascimento.

Para homens e mulheres, a moda está ligada à identidade. Hoje em dia roupas são usadas para nos expressarmos, você é o que você veste. Existem muitas maneiras diferentes de se vestir e estilizar que podem ser inspiradas pela mídia, impressão ou qualquer coisa do passado. Como estamos sei que todos estamos ansioso para 2021 (ninguém mais aguenta 2020), podemos supor uma mudança na moda e nas escolhas da moda em geral, como o fim do tie dye, que amo, mas acredito que ele não vai resistir por muito tempo.

Para alguém entender a moda em seu estado atual, é preciso conhecer e valorizar a história das tendências da moda ao longo das décadas, então bora ver como tudo foi mudando?

1950s

O estilo que dominou essa década no armário feminino foi algo apresentado no fim da década de 40, pelo Christian Dior, chamado “new look”. Durante a década, o modelo criado pelo estilista foi popularizado e se tornou a cara da moda feminina dos anos 50. Já na moda masculina, surgiram nomes como o de Marlon Brando, Elvis Prestley e James Dean, que influenciaram os homens da década a deixarem um pouco de lado a formalidade diário de usar terno e gravata e passaram a usar algo mais despojado, como camiseta branca e jaqueta de couro, estilo esse que teve como inspiração os homens trabalhadores comuns e não a elite que priorizada a formalidade.

1960s

Os anos 60 foram um momento de destaque na história americana. As pessoas mais notavelmente se lembram dessa época por sua contracultura e mudança nas normas sociais usando roupas, drogas, sexualidade e educação, para citar alguns. Francamente, as pessoas queriam sua liberdade individual, e a única maneira de conseguir isso era rebelando-se tanto socialmente quanto artisticamente.

Nesse ano surgiu mais um Movimento Hippie, para mostrar oposição ao sistema e lutar por liberdade. Tie-dye se tornou bem popular, a galera fazia tie-dye em tudo (parece familiar?). As mulheres eram descorajadas a usar calças. Jeans eram considerados inadequados e, portanto, as mulheres usavam saias e vestidos fluidos.

1960 também ficou conhecido como o ano da Gola Alta. Se pensarmos nos dias de hoje, não conseguimos entender como usar uma blusa de gola alta poderia ser um símbolo de rebelião fashion, mas a sociedade da época “cobrada” que os homens usassem gravata ou lenços no pescoço e usar uma blusa de gola foi uma forma de ir contra o que a sociedade pedia.

1970s

Calças de sino, casacos de pele e estampas de flores, os anos 70 foram uma década cheia de mudanças. As mulheres estavam recebendo mais liberdade e liberdade econômica e a exploração do espaço sideral era algo possível.

No que diz respeito ao mundo da moda, as roupas costumavam ser inspiradas na música e nos filmes de Hollywood. Os músicos populares da época eram The Grateful Dead, The Rolling Stones e Led Zeppelin, que levaram a moda a ficar presa no movimento hippie.

A calça boca de sino ainda era a principal tendência associada ao movimento do “amor livre”. Além dessa tendência da moda altamente reconhecível, os cabelos estavam ficando maiores e as cores  mais brilhantes.

Calças estampadas xadrez, mini-saias e qualquer coisa estampada de flores podiam ser encontradas no armário de todos.

1980s

Se houve um momento em que a tecnologia começou a mudar a sociedade, foi a década de 80. O computador para uso pessoal da IBM foi lançado, o primeiro ônibus espacial decolou e a música estava decolando em outra direção com o desenvolvimento de videoclipes.

A cultura popular daquela época girava em torno da MTV, pois era a primeira vez que videoclipes eram lançados. Alguns dos melhores videoclipes dos anos 80 vieram de artistas pop como Michael Jackson, Madonna e Prince. Eles foram vistos em todos os lugares e seu estilo influenciou toda uma cultura.

O início desta década deu continuidade aos estilos de roupas do final dos anos 70 e, no final da década, a moda do heavy metal estava na moda. Algumas tendências de roupas significativas foram ombreiras, jaquetas jeans, calças de couro e macacões.

1990s

Os anos 90 abriram caminho para o mundo da moda, inegavelmente. Movimentos como grunge, rave e hip-hop se espalharam pelo mundo e influenciaram a moda entre as pessoas. Além desses novos movimentos, houve a introdução da televisão a cabo e da rede mundial de computadores.

A cultura popular teve uma influência considerável na moda, principalmente nos anos 90. As pessoas estavam constantemente consumindo mídia por causa da recém-descoberta internet e se mantiveram na moda assistindo e se inspirando em tudo que aparecia, desde vídeo clipes da Nirvana e Green Day, até filme como As Patricinhas de Beverly Hills.

2000s

O novo milênio. Quase tudo neste momento foi influenciado pelo surgimento da Internet. A comunicação estava em alta com smartphones, sites de redes sociais, câmeras e outros dispositivos eletrônicos. A influencia para os fashionistas da época vinham de vários lugares, incluindo os clipes musicais que assistíamos na MTV, até filmes que assistíamos no Disney Channel. Existiam algumas pessoas se inspirando na Kelly Clarkson e outras Rihanna, Britney Spears, Justin Timberlake, J-Lo, Ashley Tisdale. Os anos 2000 foi um ano louco.

2010s

A moda dessa época (basicamente a moda de ontem) está redefinindo as décadas de 1980 e 1990. Muitas tendências da moda permaneceram populares, como moda alternativa e visual grunge. A cultura Hipster também mergulhou no mundo da moda com jeans, cardigans, óculos redondos e camisetas impressas.

Esta década é sobre a representação de diferentes subculturas. Tudo, desde o streetwear hip-hop à moda contemporânea, pode ser visto por qualquer pessoa nas ruas.

A moda dos anos 2010 passou a incluir todos, a distinção de gênero através das roupas começou a caminhar para um lugar onde deixou de ser importante. É mais uma indicação de como a moda mudou ao longo dos anos. À medida que continuamos a crescer como sociedade e economia, a moda também evolui e muda. Segure suas melhores peças porque, até onde você sabe, elas podem ser a tendência mais quente nos próximos anos.

2020s

Que ano louco estamos vivendo. Acredito que ninguém imaginava que esse ano traria uma situação tão diferente do que estávamos acostumados.

Na Moda, todo o cenário foi bastante influenciado pelo vilão principal do ano, a Pandemia do Covid-19. Muitas coisas aconteceram, muitas marcas foram afetadas, muitas lojas fecharam, a doença abalou extremamente todos os setores da economia mundial e obviamente a indústria da moda não ficou fora dessa.

Nesse ano, além de símbolos de movimentos do passado terem voltado, como o tie-dye (literalmente tudo tie dye, como nos anos 60) e as calças mais amplas usadas por ícones como o Harry Styles, que existiram nos anos 70, também inserimos no nosso guarda-roupa, inicialmente por uma questão de saúde, as mascaras, que é um símbolo do combate a pandemia que estamos vivendo.

Muitas empresas viram as máscaras como uma oportunidade comercial e por conta disso muitas pessoas passaram a consumir essa nova peça visando não só a questão da preservação da saúde, mas também o conforto e o visual estético. Ainda é cedo para dizermos o que, de fato, é o símbolo visual fashion dessa década que acabamos de entrar, mas tenho quase certeza que todos vão lembrar desse momento que tivemos que nos adaptar.

Tricoteen lança nova coleção NEBULOSA

Por Bárbara Mandarano

O processo criativo da coleção NEBULOSA passou por diversas conturbações, todos os estudos e pesquisas foram iniciados dias antes da pandemia do novo corona vírus, então com a chegada desse momento tão assustador e incerto tudo que havíamos estudado e pré definido foi interrompido. Muitas incertezas sobre o mercado, clientes, matéria prima e qualquer idéia do que seria o futuro.

A moda que já vinha caminhando de forma tão confusa e desconexa precisava de um choque de realidade. Na Tricoteen nosso planejamento era quase diário, todos os dias analisando as situações a nossa volta para entender o melhor caminho seguir.

Os temas e idéias que haviam sido pré definidos no inicio do ano comunicavam com nosso público e reafirmavam nosso compromisso com a moda que acreditamos, porém o baque de viver uma nova realidade (que ainda é estranha) também precisava ser comunicada de alguma forma, afinal a criação tem ligação direta com sentimentos.

Decidimos dar inicio a nossa primeira coleção cápsula com a maior honestidade do que estávamos sentimos e vivendo sem romantizar as tragédias. A realidade é que os dias iam passando e tudo estava (e ainda está!) ainda mais complicado e intenso.

NEBULOSA – Tricoteen

Quando definimos a primeira cápsula por NEBULOSA ainda não sabíamos que este seria o nome, mas sabíamos que o seu significado era o que estávamos sentindo.

NEBULOSA são nuvens de poeira e gás interestelar, normalmente hidrogênio, e estão relacionadas ao ciclo de evolução estelar. Grande parte das nebulosas estão em intensa atividade de formação estelar, são verdadeiros “berçários de estrelas”. Ou também pode significar adjetivo obscurecido pelas nuvens; nebulento, nevoeirento, nevoento. … [Figurado] Pouco claro; ininteligível, obscuro: texto nebuloso. [Figurado] Que não é transparente; turvo, opaco. [Figurado] Sobre o que nada se sabe; misterioso, ambíguo.

Em outras palavras, esse era o nosso sentimento, estávamos (e ainda estamos) nebulosos, e foi nesse clima de incertezas, mix de sensações, idéias apocalípticas, insegurança, renovação e novos hábitos que criamos e desenvolvemos nossa nova coleção e o resultado foi surpreendente, entender que é possível criar em um momento que os sentimentos e todas as análises estão confusas foi uma experiência diferente e única.

Numa estética projetada em um mundo virtual, foi por onde nossa imaginação percorreu, vivenciando cenários diversos e elevando as sensações no nosso subconsciente. O mundo real nunca esteve tão próximo do mundo virtual, eles se entrelaçam em um jogo cheio de impressões desordenadas.

Uma das propostas da nova coleção foi à valorização das origens, criando um mix entre as raízes do tricô com a modernidade, resgatamos a essência através de trabalhos artesanais como o crochet e tricot manual, nossa marca valoriza o trabalho das crocheteiras da região e reforça essa característica de origem do processo que hoje é praticamente todo composto por maquinário industrial.

Muitos materiais foram reaproveitados trazendo algo novo para o processo de tecimento que tem inúmeras possibilidades na criação e desenvolvimento de um tecido, com técnicas de mesclagem de fios e pontos trouxemos malhas diversificadas.

A moda passou por um choque de realidade onde as estruturas estão desmoronando e as mudanças que estavam sendo anunciadas, agora vão ser impostas para toda indústria. A Tricoteen sempre apresentou uma moda com significado, sem imposição de regras, permeando valores e identidade, este novo trabalho continua reafirmando o nosso compromisso.

O momento é de se permitir viver toda onda de sensações, seja melancolia ou angústias, porém é preciso entender que tudo acaba e então chega a hora de recomeçar, a vida é feita de fases, a moda é feita de fases e essa é só mais uma.

NEBULOSA – Tricoteen

Processo Criativo

O criador exerce muitos papéis dentro de um processo criativo, estar inserido neste universo tão interessante faz com que seja possível experienciar situações, reviver memórias e crescer com todo conhecimento adquirido. Na moda o processo criativo permeia as etapas necessárias para se chegar ao produto final (que no nosso caso são as roupas), o inicio do desenvolvimento dessa atividade acontece através do processo de pesquisa e coleta de informações seguido da montagem de cadernos e esboços de inspiração.

O processo criativo na moda é algo totalmente visual, embora até a chegada dessa etapa muita pesquisa teórica é realizada para tornar a base concreta. Os painéis imagéticos exigem uma organização do material que foi pesquisado, além das escolhas do que vai e do que não vai de fato entrar na coleção.

Além das etapas técnicas do processo criativo para chegar ao resultado final, é de grande importância que o criador comunique alguma mensagem com propósito através de sua criação, algo que conte uma história ou que provoque um sentimento. Houve um tempo onde outras características como modelagem, tecidos, aviamentos bastavam para criar um bom produto, hoje é necessário usar essa ferramenta de criação também para uma contribuição social. Moda é expressão e comunicação, em tempos tão caducos é primordial o papel político-social dos criadores e das marcas.

O processo criativo consiste em algumas etapas:

* Estudo de coleções anteriores;

* Definição do mix de produto da coleção;

* Pesquisa do assunto a ser abordado;

* Pesquisa de tendência;

* Definição de materiais e cores;

* Painel de inspiração (moodboard);

*desenho técnicos/croqui.

Dentro do processo criativo essas são as etapas necessárias para iniciar um trabalho, na sequência entramos na fase do DESENVOLVIMENTO, que significa tornar real todas as idéias e estudos que foram feitos no estilo.

Essa é a fase da construção de uma coleção, tornar tridimensional o que até então era bidimensional, a partir de todas as informações definidas, é necessária a atuação de outros três profissionais. A modelista, que é quem constrói os moldes que vão servir de base para o programador desenvolver o programa confeccionando a malha, e com esse tecido pronto é possível que a pilotista possa montar e finalizar a primeira peça.

Depois que todas as peças passam pelo processo de desenvolvimento elas entram na fase de aprovação, nesse momento são analisadas e discutidos em conjunto todos os possíveis ajustes de modelagem e costura, se essa peça esta confortável, as variações de cores e assim que a peça é aprovada ela pode ser liberada para a produção.

A equipe de estilo caminha junto com a equipe de marketing/comunicação, o entrosamento desses dois setores é muito importante para passar ao público a essência de todo o processo criativo e a mensagem que a marca deseja comunicar. O marketing concretiza através de ensaios fotográficos, vídeos e ações tudo que foi planejado desde o inicio do processo tornando todas as idéias sólidas e verdadeiras.

5 LOOKS COM GOLA ALTA INSPIRADOS EM KENDALL JENNER

Por Pâmela Welester

Ei manas, tudo bom? Pro meu primeiro post na Galpão Mag eu trouxe 5 looks com turtleneck inspirados em nada mais, nada menos que Kendall Jenner. Sim, amores, nela e em seu street style casual e comfy, que vamos combinar; é muito difícil ser fã do clã e não querer se inspirar nos lookinhos dela, né?!

Kendall se tornou uma das principais referências fashionistas que une várias tendências e revive moda dos anos 90, vai desde uma vibe esportiva até a praticidade de looks com mais cara de ‘real life’, e é uma das que não tem medo de aliar novas e velhas modas.

A turtleneck, famosa ‘gola alta’, é essencial em qualquer armário pela sua praticidade e é uma das apostas da irmã, que não deixa o confortável e prático de lado. E quem não né, mores?!

Um de seus truques infalíveis são as produções monocromáticas, seus jeans com modelagens super retrôs ou até mesmo quando aparece com seus suéteres oversized coloridos. PERFEITAH É ELA!

Então confira abaixo os meus 5 looks inspirados na irmã Kardashian Jenner:

Blusa Gola Alta Canelada – Tricoteen
Blusa Gola Alta Canelada – Tricoteen
Blusa Gola Alta Canelada – Tricoteen
Calça Plissada e Gola Alta – Tricoteen

Esses foram os meus 5 looks com turtlenecks, inspirados na sis, Kendall Jenner. Espero que tenham gostado e até a próxima. Beijinhos.

Tricoteen – Quem está por trás do que você veste

Por Bárbara Mandarano

Hoje iniciaremos uma série que vai contar um pouco das histórias daqueles que estão por trás das câmeras na produção das nossas roupas.

Para iniciarmos, vamos começar contando um pouquinho da história de Josiane Tais, mais conhecida como Josi, 24 anos, natural da cidade de Águas de Lindóia-SP, hoje Gerente de Tecelagem da empresa Tricoteen.

A Tecelagem é onde começa todo processo da confecção do tricô, são processos de entrelaçamento de fios para fabricação do tecido, com maquinário moderno o funcionamento dessas máquinas possui um sistema onde o “carro” se movimenta e o conjunto de agulhas fica parado para formar as laçadas ou pontos.

Josiane Tais, 24 – Gerente de Tecelagem da Tricoteen

Você confere tudo sobre o trabalho de Josi no vídeo completo abaixo: